A difícil decisão de relatar ou não um diagnóstico de Alzheimer.
- Eloy Bezerra
- 27 de out. de 2023
- 2 min de leitura

A decisão de revelar o diagnóstico deve ser individualizada, levando em consideração a personalidade do paciente, sua capacidade cognitiva atual e seus desejos expressos. Alguns pacientes podem querer saber a verdade, enquanto outros podem preferir não ser informados. Também, devem ser levados em consideração os contextos sociais e familiares do paciente. O que os familiares mais próximos afetivamente pensam sobre essa situação?
Embora a DA não tenha cura, existem tratamentos e intervenções que podem ajudar a retardar o avanço dos sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Saber o diagnóstico pode permitir que o paciente tome medidas para planejar seu futuro, tomar decisões relacionadas ao tratamento e envolver-se em atividades que podem ajudar a manter a funcionalidade cognitiva.
A revelação do diagnóstico também pode permitir que o paciente e sua família busquem apoio emocional, como aconselhamento ou grupos de apoio. Isso pode ser valioso para lidar com as complexidades emocionais associadas à DA.
É importante que a decisão de revelar ou não o diagnóstico seja tomada com base em princípios éticos, como respeito pela autonomia do paciente. Os profissionais de saúde devem discutir os prós e contras da divulgação do diagnóstico com o paciente e seus familiares, ajudando-os a tomar uma decisão informada.
Se a decisão for revelar o diagnóstico, os profissionais de saúde devem adotar uma abordagem empática, fornecendo informações de maneira compreensível e oferecendo suporte emocional ao paciente e à família.
Em última análise, a decisão de revelar o diagnóstico da DA deve ser tomada com base no bem-estar e nos desejos do paciente, desde que ele seja capaz de participar do processo decisório. O apoio da equipe de saúde, juntamente com uma abordagem individualizada, pode ajudar a orientar essa decisão de maneira ética e compassiva.
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